História
Pré-história e Mundo antigo (Séculos X a. C – V d. C)
A fundação de Santarém, com base em conhecimentos atuais de arqueologia, indica-nos que a primeira “estrutura urbana” do povoado remonta ao período do bronze.
Foi governada pelos romanos que a denominaram Scallabis. A partir do século III d.C., esta colónia romana perdeu prestígio, face à importância crescente de “Olissipo” (Lisboa).
Período Medieval (Séculos V – XV)
A tomada de Santarém em 460, dita o fim da dominação romana, abrindo caminho para a inclusão da cidade no reino visigodo, com capital em Toulouse.
Refletindo-se nas inúmeras obras arquitetónicas, Santarém destacava-se pela posição estratégico-militar e económica do lugar, isto desde a conquista definitiva por D. Afonso Henriques, em 15 de março de 1147.
Com D. João I e a “Enclítica Geração" verifica-se o apogeu de Santarém, nomeadamente com as expedições a Ceuta e Tânger.
Porém, a morte de Dom Afonso, em Alfange (1491), anuncia um longo período de estagnação.
Período Moderno (Séculos XV-XVIII)
Santarém quinhentista vai assumir-se como polo regional a nível económico e cultural.
O apoio dado a D. António, prior do Crato, na sucessão do trono de Portugal, teve por parte dos Filipes de Espanha algum descontentamento, não obstante o desconforto face ao domínio estrangeiro pela população, que levou a motins em 1629, 1636 e 1637.
Mais tarde, em 1640, deu-se a restauração da monarquia com a aclamação de D. João IV como rei de Portugal.
Período Contemporâneo (Séculos XVIII-XX)
O terramoto de 1755 e os conflitos armados em que Portugal se envolveu no século XVIII acabaram por refletir-se na estrutura de uma povoação que respirava ainda muitas das características da sua vivência medieval.
O envelhecimento das muralhas, a inexistência de locais de aquartelamento e de cavalariças, bem como, de modernos espaços de assistência, obrigou a um esforço notável de adaptação.
Durante o século XIX, Santarém veste-se de roupagens românticas. Em 1868 a vila adquire o estatuto de cidade e esta nova categoria implicou a modernização do seu território, traduzida a nível das infraestruturas básicas e dos equipamentos lúdico-culturais.
Novas elites sociais, de pensamento anticlerical e progressista, marcavam a cidade e as suas influências.
Exigia-se uma "cidade aberta" e, sob este pretexto, o camartelo municipal passaria a sacrificar ao progresso vários edifícios que haviam resistido à fúria dos exércitos napoleónicos.